quarta-feira, 15 de julho de 2009
Cena Aberta - Ensaios Interativos
O Coletivo Pague Leve dedica os quatro sábados do mês de julho para a realização do evento “Cena Aberta - Ensaios Interativos” na qual artistas convidados e parceiros do coletivo se encontram e trocam ao vivo suas experiências, interferindo potencialmente na cena, que é aberta também a interferências práticas promovidas pelo público, que tem a oportunidade de atuar e colaborar com os artistas presentes em cada noite.
Na estrutura do "Cena Aberta" de julho, os artistas convidados pelo Coletivo nesta edição receberam uma lista de temas relacionados a pesquisa da trilogia cênica "O dia em que virei um nome". Cada um deles escolhe o dia no qual irá apresentar sua proposta colaborativa. A noite se desenrola com a apresentação de fragmentos cênicos do Coletivo Pague Leve, mais os convidados, e então TUDO É CENA!
Ao final das apresentações o público escolhe o que deseja ver e como deseja ver, criando ao vivo sua composição, por meio de um cardápio interativo da cena.
Ao propor o fluxo criativo-colaborativo como ferramenta de abordagem e ocupação dos espaços públicos, facilitados nesta edição do Cena Aberta no Centro Coreográfico, este evento busca incentivar e promover coletivamente a produção de uma nova geração artistas independentes e autônomos, dentro do contexto público e consagrado da Dança carioca, conectando e incluindo outros meios da Arte aos pólos de produção cultural nesta cidade.
PROJETO “O DIA EM QUE VIREI UM NOME” - TRILOGIA CÊNICA E SEQUENCIAL
“O sujeito torna-se um ente (nome), quando recupera a relação de intimidade consigo mesmo e com o outro, resignificando as informações, que são inseridas massificadamente por ações e imagens cotidianas, em um novo contexto, modificando assim sua relação com os meios de comunicação (impregnados em nosso inconsciente coletivo) através de entendimentos subliminares de novos processos cognitivos.”
A Trilogia Cênica "O dia em que virei um nome" se estrutura a partir de um recorte político-artístico com abordagens distintas, porém complementares, trazendo em três pontos de vista reflexões acerca das relações de valor e a forma como estas se estabelecem na contemporaneidade.
Após um ano de intervenções com o projeto “Pague Leve – venda de performances” muitas foram as questões levantadas dentro deste tema central (valor e marca), e que agora, no projeto “O dia em que virei um nome”, buscam através de uma maior escuta do público e atravessamento com outras linguagens artísticas, uma construção cênica que coloque estes assuntos em outro campo de observação e analise.
Parte 1
“... o cultivo da intimidade que me agrada”
Fazer um elo entre o ato de cultivar e as relações humanas, revela o primor de admirar o viver do outro (banalizado nos dias de hoje). Em meio a poemas lúdicos e pueris consegue-se enxergar a sensibilidade do âmago do ente urbano onde o respeito e a segurança se colocam de maneiras totalmente diferentes do que aprendemos hoje.
Uma outra busca de convívio na cosmopolita sociedade, que convida artistas de diversas áreas a fazer uma imersão criativa em torno do tema da intimidade e das relações poéticas, caóticas e cênicas possíveis.
Parte 2
“a Ordem e o Movimento”
Pesquisa sobre a resignificação do corpo das danças populares na cena contemporânea, objetiva aprofundar a discussão sobre as reais possibilidades de inter-relação das danças populares contemporâneas dentro de uma construção cênica. Observa o corpo popular brasileiro e as influências na sua construção, atualizando estas referências através da pesquisa em atravessamento com linguagens mais eruditas e visões técnicas dos estudos contemporâneosde movimento. É uma busca de novos contextos para resignificar este corpo dançante das linguagens populares, antigas ou contemporâneas, às vezes tido como “folclórico” ou “exótico”, propondo caminhos para uma apropriação cultural mais efetiva e mais ampla.
Parte 3
“No-thing(ness)- O caminho do esvaziamento"
É antes de tudo, uma experiência midiática. Não colocar o espectador, nem os propositores e as mídias na zona de conforto, previamente ditada por limites, regras e roteiro de acontecimentos possíveis dentro de cada estrutura escolhida como expressão ou objeto de comunicação. Nesse ponto de vista, quebra-se o paradigma de cada ferramenta em si, a fotografia não pode mais ser olhada, e sim cada vez mais sentida, ao lado de corpos/vídeos, corpos/acontecimentos, espectador/jogador, artista/obra, obra/participadora, experiências/rastro.
Serviço:
Cena Aberta - Ensaios Interativos
Todos os sábados de julho, de 04 a 25/07, às 18hs!!!
Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro
Rua José Higino 115 (ao lado do Extra Maracanã)
ENTRADA FRANCA
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